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Alice Vergueiro/Jeduca
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Diálogo entre universidade e escola potencializa papel transformador da educação

Especialistas defendem que a pesquisa leve em conta as questões da educação básica e as visões dos professores e estudantes

19/09/2023
André Derviche/Oboré Projetos Especiais*

(Com edição de Ronald Sclavi/Oboré Projetos Especiais*)


O primeiro dia do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca terminou com um debate sobre como  a educação pode contribuir para a transformação da sociedade.


A mesa contou com a participação de Daniel Santos, da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto, Paulo Fochi, da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e Ynaê Lopes dos Santos, da UFF (Universidade Federal Fluminense). O jornalista Antonio Gois (O Globo) foi o mediador.


Para os três palestrantes, o papel da educação nesse processo perpassa a qualificação de professores e o fortalecimento do vínculo entre a universidade e a educação básica.


Nesse sentido, Santos detalhou que Lepes (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social), ao qual é ligado, as pesquisas buscam ir além dos diagnósticos. Um exemplo: percebendo que o acesso à educação básica escalou no Brasil nas últimas décadas, mas que os índices de qualidade não acompanharam esse crescimento, os pesquisadores identificaram que um problema é a maneira como os investimentos são realizados.


“Nós trabalhamos com uma perspectiva sistêmica de intervenção na educação infantil. Nossa conclusão é que, para fazer a diferença, o segredo é a corresponsabilização. Todos precisam acreditar que o problema é dele”, defende Santos, indicando que, para ele, a melhora na educação exige esforços de pesquisadores, jornalistas e professores.


Paulo Fochi criou o Observatório da Cultura Infantil com o objetivo de qualificar o trabalho dos professores a partir do cotidiano pedagógico. Para isso,  o grupo mantém uma interlocução direta com docentes e coordenadores, tratando-os como protagonistas.


“Isso significa romper o modus operandi da pesquisa que é: o pesquisador olha o que se faz e produz uma crítica tirando a responsabilidade de ele ter formado esse professor”, aponta Focchi. Então, para “quebrar a bolha acadêmica”, ele sugere um trabalho em conjunto entre acadêmicos e professores.


Já Ynaê que, além de professora universitária é consultor do Projeto Querino (podcast que revisita a história do Brasil numa perspectiva afrocentrada e que foi tema da
mesa de abertura do 7º congresso da Jeduca), chamou a atenção para o potencial formativo de um produto como o podcast .


No trabalho com o Projeto Querino, a pesquisadora constatou que muitos alunos e professores dos anos finais do ensino fundamental com os quais conviveu não conheciam a história da África. Por isso, ela também se dedica à produção de material didático. “Sempre tive essa inquietação de falar para além dos muros universitários. A universidade se tornou um espaço de privilégio. Esse privilégio está vinculado a um rompimento com a educação básica”, disse.


Outro ponto comum entre os participantes foi afirmar a importância do desenvolvimento integral do sujeito. Para Paulo Fochi, a educação infantil tem um papel essencial nesse processo. “Esta etapa de educação não tem como finalidade o ensino, mas o desenvolvimento integral. Tem como finalidade que as crianças brinquem e cresçam, e que os professores tenham a capacidade de sustentar processos de reflexão e de explicação do mundo”.

Confira a íntegra da mesa abaixo:

 


O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Fundação Itaú, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e YouTube, patrocínio ouro de Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e Instituto Unibanco, patrocínio prata de Instituto Península e Santillana Educação, apoio do Instituto Ibirapitanga, Fecap, Canal Futura, Colégio Rio BrancoConsulados dos EUA no Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Loures Consultoria e apoio institucional da Abraji, Ajor, Unesco MIL Alliance, Énois, Jornalistas&Cia, Instituto Palavra Aberta e Núcleo Jornalismo.


*A cobertura oficial do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação foi realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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